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22 de Agosto Viva o Folclore!

  • Foto do escritor: Imperial Coro DO Penedo
    Imperial Coro DO Penedo
  • 22 de ago. de 2022
  • 4 min de leitura

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22 de agosto é o Dia do Folclore Brasileiro.

A data foi criada com o intuito de alertar para a importância e valorização das manifestações folclóricas no nosso Brasil. O dia 22 de agosto se refere à primeira vez em que a palavra folclore foi utilizada para fazer referência aos costumes de um povo.

No Dia do Folclore, costuma-se exaltar os elementos e tradições que fazem parte da cultura popular, como brincadeiras infantis, danças, canções, festas típicas e personagens lendários. No Brasil, essas manifestações nasceram através dos indígenas, africanos e portugueses, e estão presentes em todas as suas regiões.

As raízes de nosso folclore estão fincadas na cultura europeia, sobretudo a portuguesa, na cultura africana e na cultura indígena. Do folclore brasileiro são muito conhecidas as lendas de personagens, como o saci-pererê, a iara, o boto cor de rosa, o curupira, a mula sem cabeça, entre outros.

"Folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares constituído por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes que são passados de geração em geração".

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"Não sei se um dia saberemos como foi que tudo começou. O importante é que começou"


Não se sabe o certo, quando a Chegança foi transplantada da Europa para o Brasil. Alguns autores dizem que foi muito antes de 1815 e outros 1818, há até quem diga que foi provavelmente junto com o movimento da nossa independência.


Quanto ao termo "chegança", alguns especialistas afirmam que seja originário de palavras náuticas como "chegar", dobrar as velas à chegada do navio e "chegada", no sentido de abordagem, pois sua atuação já se fazia presente quando aqui estiveram as Missões Naturalistas e as Expedições Científicas.


O certo pra nos nordestinos ribeirinhos é que a Chegança é um bailado popular composto de páginas dos feitos náuticos lusitanos, no qual se apresenta, em forma de alto manifesto, a conversão do infiel à religião católica romana. Os personagens da Chegança, homens simples caracterizados de marinheiros, capitaneados entoam hinos e glosas populares som de pandeiros e castanholas.


Esse alto popular em seu lado profano e satírico, representado pelo exibicionismo dos personagens espirituosos, envolvendo a plateia presente em seus folguedos e brincadeiras.


As Danças Populares Brasileiras são expressões de movimentos, passos, gestos, ritmos, coreografias, sentimentos, formas, simbologias e traços específicos, do jeito de ser de um grupo social, presente em grandes e pequenos povoados ou metrópoles, que, dependendo do contexto em que estão inseridas atuam num ritmo de manutenção/perda/recreação, “continuidade” e “descontinuidade”, o que desmistifica a tese de que, a tradição é algo “velho”, “estático”, “desatualizado” – estigmas geralmente atribuídos à cultura popular em todas as suas expressões.”

A chegança ou Marujada como é chamada pelo povo ribeirinho do São Francisco, continua a vigorar no nordeste, principalmente nos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe.


Desafiando a perspicácia dos estudiosos, continua a vigorar no Nordeste as duas formas de Chegança, uma representando exclusivamente temas marítimos, a outra encenando entrechos da luta entre mouros e cristãos, acrescida de movimentos de inspiração náutica.

E viva nosso povo que bravamente dar continuidade a cultura popular.



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Um Mestre Guerreiro!

Jovens nos idos de 54,55, fogosos, cantantes do que aparecia, do que se ouvia, no momento, das óperas italianas e as canções napolitanas e espanholas estavam em voga. Todo mundo cantava La Dona é móbile, Non te scordar de me, Core ingratto ou La spañola e por aí ia o repertório internacional. Os americanalhados, pra não dizer… ainda não existiam. Vieram depois com o corpo da paz que, era mera espionagem o que engolimos inocentemente.


Há quarenta anos, aproximadamente, nos recôncavos viçosenses, pontificavam Téo Brandão, Aloisio Vilela, José Maria de Melo. Estes homens, tinham como diversão escreverem e falarem nos folguedos que nasceram ali e galgaram recônditos até desconhecidos, alhures.

Tempos transcorridos, vimos encontrar no caminho da vida, o insigne professor Ranilso França que gritava em alto e bom tom: “…viva os Mestres, senhores”.


Não se sabe como uma pessoa nascida em cozinha coronelísta da época, analfabeta de pai e mãe no sentido real da palavra, era capaz de reunir em torno de si jovens e adultos, chegando a formar grupos que, adentram as entranhas citadinas, engenhos e povoados, recebendo aplausos e se tornando na então difícil arte da comunicação “o cara” do Guerreiro.

Ele um era jovem, folgazão, tirador de peças que arrebatavam corações e punham a correr contendedores renomados. Era o famoso “Treme Terra Alagoano”. Surgiram outros Treme Terra mas, esse é o legítimo, o famoso cantador, versejador renomado, repentista e inigualado mestre.

Penedo o acolheu na sua simplicidade hominal. Nem ele sabia que tinha essa força. Cheirador de “flatus’’ muar e grande mestre de guerreiro.

Homem, que na sua ingenuidade, liderava do contra-mestre ao último do afigurá, trazendo-os sob sua orientação. "Ele cantava, dançava, orientava, pulava, apitava. É o mestre".

Na grande disputa que se coloca entre as partes de entremeios, ninguém o derrubava do palanque.

Enquanto tubiba, liderava pela impetuosidade juvenil que o impulsionava garboso e cheio de elogios para a frente. Na sua senectude, relegado aos escombros de um pardieiro residencial na 2ª Travessa Fernandes Peixoto, doente, limitava-se a construir chapéus que até hoje exposto nos ambientes culturais - turísticos encantam aos turistas e enfeitam suas figuras tão lindas como eram seus olhos azuis engastados numa tez cabocla. De muito bom gosto pois dizia o velho Bento que coração não envelhece, escolhe uma lira dentre os mais belos espécimes locais.


Ser líder assim, vale a pena.

Será?

Sua glória estava no balanço do ganzá. Seu sorriso fluente jorrava do seu coração qual águas de alta cachoeira no farfalhar das fitas multicoloridas, sem saber que ali está a raiz de uma cultura que faz prenhe de verdejância ao futuro dos povos que advirão. Minhas congratulações, MESTRE EDUARDO SALVADOR.



 
 
 

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